O sociólogo Pierre Bourdieu com suas
pesquisas exerceram forte influência nos ambientes pedagógicos nas décadas de
1970 –
1980. Analisou o funcionamento do sistema escolar Francês e concluiu que a
escola não cumpria com seu papal transformador da sociedade, mas pelo contrario
ela reproduzia e reforçava as desigualdades sociais. Os educandos tende a serem
julgados pela qualidade e quantidade dos conhecimentos que traziam de casa, além
de varias heranças como; postura adequada, intrepidez ao falar em público e
etc.
O filósofo e detectou no sistema educacional
que o campo educacional e as teorias pedagógicas eram marcadas pela luta de
classes, que as classes vencedoras que estabeleciam as teorias que seriam
adotadas, e que esta classes são as mesmas que estabelecem conflitos
que consagram valores que se tornam aceitáveis pelo senso comum. No campo
da arte, classe dominante decide o que é erudito ou popular, de bom ou de mau
gosto.
Pierre relata que o poder
exercido em campos como a linguagem é mais eficiente e sutil do que o uso da
força propriamente dita, e que usa esta linguagem da classe dominante para
reproduzir as estruturas sociais e transferir os capitais de uma geração para outra,
sendo ela mantenedora da estrutura social que o pobre continua pobre e o rico
continua rico. Segundo Pierre a escola usa o poder da linguagem para docilizar
os estudantes mais pobres fazendo com que eles acreditam que a trajetória dos
bem-sucedidos é resultante de um esforço recompensado, não percebendo que o
sistema educacional que mantinha esta estrutura de desigualdade.
Pierre Bourdieu traz uma ótima analise do
sistema educacional que contribui muito não só à França nas décadas de 70 ou
80, mas continua sendo útil na contemporaneidade e em nosso país que da mesma
forma o sistema educacional mantém esta estrutura desigual e injusta. Conseguimos
ver este fato ocorrendo quando aparece uma disputa de um aluno pobre que
estudou em uma escola pública com outro de classe mais elevada que estudou em
uma escola particular que fala três ou mais idioma e que esta muito mais
preparado do que o pobre, e quando o pobre passa no processo seletivo muitas
vezes não consegue compras os livros acompanha o nível das aulas e acaba
desistindo do curso, continuando o rico com os melhores estudos e cursos e os
pobres com os inferiores, quando chega no campo profissional o rico continua
com vantagem sobre o pobre. O sistema educacional no Brasil e em nossa época
ainda esta mantendo as desigualdades sociais.
Ele era muito bom, estudando seus textos na faculdade, descobrindo muitas coisas e entendo o porquê da atual situação da educação no mundo em geral. Um contexto muito enriquecedor
ResponderExcluirAs desigualdades sociais existem e existirão, até mesmo para o equilíbrio econômico. Não acredito que a desigualdade, hoje, seja injusta, pois todos temos "liberdade", até um certo ponto, de exercer nossas potências.
ResponderExcluirAs escolas públicas, para pobres, e as escolas particulares, para ricos, possuem o mesmo dever que é o repasse do conhecimento, independente de metodologias aplicadas, o que altera esse destino prescrito é que, segundo o IDEB ,no Brasil a diferença entre escolas públicas e escolas particulares é de apenas 30%, então as particulares são 30% melhores que as públicas, porém os alunos das escolas particulares, são alunos de pais e avôs alfabetizados, crianças que frequentam parques, museus e que sabem falar e não tem fome.
Lembro-os que isso é apenas umas das diversas questões que podem e devem ser discutidas quando falamos em educação.
A queda na qualidade das escolas públicas contribui para o fortalecimento da estratificação social presente em nosso país desde a colonização.
ResponderExcluirContudo, o surgimento de universidades particulares com preços acessíveis, e cursos técnicos profissionalizantes, deu mais dinâmica ao mmercado de trabalho autônomo, e às pessoas obterem uma graduação ou espciaalização que falicita a entrada no mercado de trabalho.
O nível de ensino com o qual os adolescentes ingressam nas universidades tem sido muito baixo, o que cria um "gap" que deve ser superado no descurso do ano letivo. Desta forma, muitos alunos desistem, ou precisam que as instituições de ensino se adequem às suas condições.
No entanto prefiro ser otimista e acreditar que esta geração de estudantestenha visão crítica, pois hoje o acesso à Internet disponibiliza um legado cultural de difícil mensuração. Andrea L.