quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pierre Bourdieu, o investigador da desigualdade.



O sociólogo Pierre Bourdieu com suas pesquisas exerceram forte influência nos ambientes pedagógicos nas décadas de 1970 – 1980. Analisou o funcionamento do sistema escolar Francês e concluiu que a escola não cumpria com seu papal transformador da sociedade, mas pelo contrario ela reproduzia e reforçava as desigualdades sociais. Os educandos tende a serem julgados pela qualidade e quantidade dos conhecimentos que traziam de casa, além de varias heranças como; postura adequada, intrepidez ao falar em público e etc.
O filósofo e detectou no sistema educacional que o campo educacional e as teorias pedagógicas eram marcadas pela luta de classes, que as classes vencedoras que estabeleciam as teorias que seriam adotadas, e que esta classes são as mesmas que estabelecem conflitos que consagram valores que se tornam aceitáveis pelo senso comum. No campo da arte, classe dominante decide o que é erudito ou popular, de bom ou de mau gosto.
Pierre relata que o poder exercido em campos como a linguagem é mais eficiente e sutil do que o uso da força propriamente dita, e que usa esta linguagem da classe dominante para reproduzir as estruturas sociais e transferir os capitais de uma geração para outra, sendo ela mantenedora da estrutura social que o pobre continua pobre e o rico continua rico. Segundo Pierre a escola usa o poder da linguagem para docilizar os estudantes mais pobres fazendo com que eles acreditam que a trajetória dos bem-sucedidos é resultante de um esforço recompensado, não percebendo que o sistema educacional que mantinha esta estrutura de desigualdade.
Pierre Bourdieu traz uma ótima analise do sistema educacional que contribui muito não só à França nas décadas de 70 ou 80, mas continua sendo útil na contemporaneidade e em nosso país que da mesma forma o sistema educacional mantém esta estrutura desigual e injusta. Conseguimos ver este fato ocorrendo quando aparece uma disputa de um aluno pobre que estudou em uma escola pública com outro de classe mais elevada que estudou em uma escola particular que fala três ou mais idioma e que esta muito mais preparado do que o pobre, e quando o pobre passa no processo seletivo muitas vezes não consegue compras os livros acompanha o nível das aulas e acaba desistindo do curso, continuando o rico com os melhores estudos e cursos e os pobres com os inferiores, quando chega no campo profissional o rico continua com vantagem sobre o pobre. O sistema educacional no Brasil e em nossa época ainda esta mantendo as desigualdades sociais.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

JOHN LOCKE E PAULO FREIRE - SUAS CONCEPÇÕES






John Locke
Paulo Freire
 
¨ John Locke da Inglaterra (1632-1704) filósofo contratualista.

¨ Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro.

¨ Pai do empirismo, que divulga sua tese através do conceito aristotélico da tabula rasa.

¨ Paulo Freire faz uma crítica do professor que trata o educando como uma tabula rasa, denuncia a sociedade opressora.

¨ Suponhamos pois, que a mente é, como dissemos, um papel branco, desprovido de todos os caracteres, sem quaisquer ideias: como ela será suprida? De onde lhe provém este estoque...

¨ Na visão bancária da educação, este saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber.

¨ A teoria da tábula rasa é uma crítica à doutrina das ideias inatas de Platão. Mostrando a igualdade de todos os homens e a contestação do absolutismo.

¨ A liberdade autêntica, que é a humanização em processo, não é uma coisa que deposita nos homens. Não é uma palavra a mais, oca, mitificante. É práxis, que implica a ação e reflexão dos homens sobre o mundo  para transformá-los.

¨ Onde se manifesta esta percepção há conhecimento, e onde ela não se manifesta, embora possamos imaginar, adivinhar ou acreditar, nos encontramos distantes do conhecimento.

¨ O educador já não é o que apenas educa, mas o que enquanto educa, é educado, em diálogo com educando que, ao  ser educado, também educa.  Ambos, assim, se tornam  sujeitos do processo em  que crescem juntos.


Elaborado por Dior Borges e Wesley Resende

sábado, 16 de novembro de 2013

ENTREVISTA: PROFESSORES EXPÕEM SEUS CONHECIMENTOS E SUAS EXPERIÊNCIAS SOBRE A EDUCAÇÃO

Foram entrevistados  os Professores: Lívia - Língua Portuguesa e Artes
                                                            Edson - Pedagogia






Elaborado por Dior Borges e Sandra Medrado



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Mulheres da Sociedade

Mulher (Poesia)
Ilsa da Luz Barbosa


Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;

Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;

Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";

Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências;

Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;

Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora, realmente ajude outras
mulheres a conquistarem
a liberdade de Ser...


Poema postado por Maria Lúcia Moreira 




A MULHER E SUA PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE ATUAL
Resumo
Apesar do grande avanço a mulher ainda não alcançou o direito de igualdade seja na sociedade, no mercado de trabalho, na política, o mundo tem de saber que a mulher tem contribuído de maneira igualitária em todos os aspectos para o bem maior da humanidade.


A mulher tem conquistado ao longo de décadas cada vez mais espaço, seja no mercado de trabalho ou na sociedade, o caminho percorrido foi longo e doloroso. Mas a mulher como a guerreira que é tem, lutado pelos seus direitos, sabemos que muito já foi alcançado, temos ciência de que avanços significativos foram consolidados porem o que vimos diariamente ainda é a mulher ser massacrada, vitima de violência domestica preconceitos e discriminação.
A mulher sempre foi vista como figura frágil e inferior ao homem, aquela que devia estar disponível para servi-lo, sendo condicionada a obedecer ao seu pai, irmãos e posteriormente ao seu noivo que sempre seria escolhido pelo seu tutor ou o pai ou quando na ausência deste o irmão. A mulher não tinha liberdade e este cenário levou muito tempo para começar a mudar, não foi fácil.
A conquista de liberdade e de direitos foi adquirida a duras penas numa sociedade machista e tradicional, foram necessários décadas e décadas de lutas para que a mulher tenha direito ao voto, e somente após esse direito as mulheres puderam se organizar e nas décadas de 60, 70 e 80 surgem os movimentos feministas que impulsionaram a outras conquistas, hoje o papel da mulher na sociedade é notável e primordial a mulher estuda mais que o homem, busca capacitação, tem criatividade, sabe explorar com competência suas inteligências múltiplas e alcança maturidade mais cedo, de forma que as suas chances de cometer erros se reduz de maneira significativa.
A mulher atual consegue desempenhar muito bem o papel de profissional, mãe esposa e amiga, sabemos que as mulheres trabalham mais que os homens, e o mercado de trabalho também se atualizaram e com a globalização possui muito mais posto de trabalho que são ocupados por mulheres por vários fatores entre eles estão a sua delicadeza equilíbrio ocupando assim na maioria das vezes cargos de lideranças, que em outra época pertencia exclusivamente aos homens.
O importante é que avançamos muito quanto às conquistas de nossos direitos, nos atualizamos, acompanhamos o desenvolvimento das tecnologias e adquirimos deveres que desempenhamos muito bem, alem disso não deixamos de cumprir com muita responsabilidade e o nosso papel na sociedade. De fato muitas vezes somos injustiçadas, mas nunca deixamos de lutar.
A participação da mulher é essencial para o desenvolvimento e equilíbrio de uma família, de uma empresa, de uma nação, a mulher não pode e nem deve ser ignorada. 

Texto Postado por Maria Sandra Medrado
Paulo Silvino Ribeiro - Colaborador Brasil escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade estadual de Campinas.




Pagu - Rita Lee

Mexo, remexo na inquisição
Só quem já morreu na fogueira
Sabe o que é ser carvão
Uh! Uh! Uh! Uh!
Eu sou pau pra toda obra
Deus dá asas à minha cobra
Hum! Hum! Hum! Hum!
Minha força não é bruta
Não sou freira
Nem sou puta
Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem...
Ratatá! Ratatá! Ratatá!
Taratá! Taratá!
Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Hanhan! Ah! Hanran!
Uh! Uh!
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe é Maria Ninguém
Uh! Uh!
Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho
Que muito homem
Ratatá! Ratatatá
Hiii! Ratatá
Taratá! Taratá!


Esta música Pagu foi composta por Rita Lee e Zélia Duncan e gravada por Maria Rita em seu primeiro CD.
Pagu é o nome pelo qual a jornalista, escritora, crítica literária e militante comunista Patrícia Galvão ficou mundialmente conhecida, ela foi rotulada como uma das mulheres brasileiras revolucionárias, é nessa música coroada como símbolo de rebeldia e coragem.
Patrícia Rehder Galvão defendia a participação ativa da mulher na sociedade e na política - e foi a primeira brasileira do século 20 a ser presa política. Aos 15 anos, estudava para professora na Escola Normal e era colaboradora de um jornal de bairro em São Paulo, com o pseudônimo Patty.
De acordo com seu biógrafo Augusto de Campos, o apelido Pagu foi dado pelo poeta Raul Bopp, quando Patrícia lhe mostrou alguns poemas. Bopp sugeriu que ela adotasse um nome literário feito com primeiras sílabas de seu nome e sobrenome: Pagu. Foi um engano de Bopp, pensando que a moça se chamasse Patrícia Goulart. Mas ele escreveu um poema para ela, O coco de Pagu, e o apelido pegou.


Música postada por Dior Borges

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A filosofia da educação e a Pesquisa em Nietzsche

Nietzsche tem resistência a qualquer tipo de valoração antecipadamente apresentada como certa ou errada. Desenvolve uma suspeita em relação às verdades e valores morais estabelecendo um trabalho de desmontagem desses pressupostos por meio de estudos históricos e genealógicos. A possibilidade de um pensamento mais livre seria uma reinvenção contínua de si mesmo, deixando para trás qualquer tipo de segurança teórica mais perene. Por meio da noção do espírito livre o autor rouba os sentimentos mais sublimes de seus redutos, rouba os idealismos para descontruir seus fundamentos visando fazer pensar. Os espíritos livres podem ganhar e desenvolver tempos e espaços para investigar as amarras metafísicas da formação humana. O espírito livre não é livre para viver conforme sua própria referência, mas para aceitar colocar em questão qualquer referência para continuar inventando e pensando. Essa realidade não é o estabelecimento do terreno movediço, sem qualquer estabilidade. Antes disso é o questionamento dos pontos fixos e a necessidade de enfrentá-los. As estabilidades existem, são históricas, contingenciais, mas sempre provisórias.
Seguindo propostas indicadas por Nietzsche, parece que hoje deveríamos desencadear um processo no qual cada um possa “chegar a ser o que é”. Implica a defesa no sentido de que cada indivíduo alcance sua própria forma e identidade. Esse voltar-se para si mesmo é como diz o autor, o “efeito da melhor arte e constitui, talvez, o núcleo e a grandeza da experiência estética.” Esta é uma bela imagem da docência: conduzir alguém até si mesmo, assim como é um desafio para quem aprende. Aprender não significa repetir, tornar-se discípulo do outro, mas encontrar sua própria forma depois da experiência obtida e vivenciada.
A ideia de formação indicada por Nietzsche implica uma “vontade de potência”, que é uma atitude afirmativa diante da vida, que pode levar o ser humano a uma máxima intensidade organizativa. Trata-se de ousar como um artista ao produzir uma obra de arte, inventando e produzindo uma forma nova de expressar conceitos, valores e convicções. A viagem de formação não é uma viagem alienada, sem ritmo, mas um andar vibrante que se fortalece por meio de diferentes sensibilidades.
Processos formativos não podem inserir-se na lógica da obediência e da regulação. Ainda que em algum momento sejamos capturados por esse cenário, é preciso estabelecer estratégias de resistência, “desterritorializar” os princípios, as normas dos grandes mapas educacionais, gerando brechas, alargando a estreiteza do olhar e das práticas já concebidas. Como será que nos inventaríamos, afinal sempre fomos inventados pelos outros?
O cuidado de si implica, portanto, esse cenário, bem como a relação com o outro, que nos faz compreender a dimensão profissional como uma prática de liberdade. A ética e a estética dos processos de formação estão a exigir a reinvenção dos espaços públicos e políticos que jamais deveriam esgotar-se em uma vontade de verdade. Talvez a questão hoje exija sabedoria para administrar a dissonância, a diversidade de práticas e projetos construindo outras práticas sociais.
Os estudos previstos no campo da filosofia da educação precisam garantir a especificidade da filosofia que implica filosofar e não definir dogmaticamente conteúdos, estratégias, técnicas e verdades. De início é bom lembrar as primeiras indicações da filosofia, quais sejam: suspender nossas ideias e opiniões imediatas, duvidar de nossas crenças, virtudes, e indagar, problematizar e refletir sobre as questões colocadas pela própria vida. Neste contorno teórico a pesquisa em Nietzsche na linha de filosofia da educação tem priorizado:
a)      Discutir o conceito de formação, buscando tocá-lo considerando a dimensão da tragédia, da estética e da experiência.
b)      Refletir sobre o conceito de espírito livre em Nietzsche
c)      Inserir a genealogia como conteúdo e método da filosofia da educação
d)     Iniciar estudos que promovam interfaces entre Filosofia e literatura

Texto de: LÚCIA SCHNEIDER HARDT